- Porcone? – sussurrou o garçom, Mario Querubino, atrás do vultoso cliente.
- ...
Dom Porcone suava como se todos os seus poros mijassem sobre a blusa de botões relutantes e resistentes, criando poças assimétricas por todo o tecido, que exalava o aroma de gordura derretida por todo o perímetro porcônico.
Mario Querubino lançou. E lá se foi um prato com dobradinha, couve, feijão preto de ontem e arroz branco de agora há pouco, entre o pescoço e o colarinho. O prato fez um barulho rude na mesa do shopping, mas não quebrou, só fez um “PSIU” pra quem passava por ali e pros que estavam sentados.
- Isso é pra você parar de ser assim, seu montaréu de betume.
- Ah, filho de uma puta, garçonzinho desgraçado, eu conheço o Orlando, vou falar com ele agora, você está fodido, me acredite que está!
Dom Porcone de pé, dezenas de curiosos ao redor do Deque do Pirata, a mancha de feijão no peito, e o rabo muito bem posicionado entre as pernas, punhos cerrados, boca cerrada, olhos cerrados, calor do cerrado, o ódio queimando feito óleo.
Zune um botão, assitido por todos, até o final de sua trajetória.
Porcone parece maior.
Outro botão.
Três. Plaf-Pleigh-Plough.
Porcone inchava, aumentava suas dimensões à razões descabidas de mencionar aqui, estava já nos seus dois e setenta de altura, a largura já havia sepultado os três metros, e mais, a pele estriando-se em rasgos vermelhos, três e quarenta, o papo inchado e sem palavras, a roupa em trapos no chão, todo o shopping chocado com o inchaço crescente, quatro metros, Querubino erguendo os olhos quase até o teto para acompanhar aquele balão de pêlos se avolumar no corredor da praça de alimentação, POU.
De volta ao trabalho.
E todos sujos de merda.
8 comentários:
como vc é mau! matar o sujeito assim.... =P
beijos!
Hey... Andei dando uma olhada no seu blog. Gostei bastante dele. Muito legal mesmo. Parabéns!
Raquel Pinheiro
Parabéns pelo blog!
Abraço
Alexandra Periard
http://alexandraperiard.blogspot.com/
hmmmm li duas vezes mas não entendi.
tsk tsk tsk
alou, compadre! minha visita foi a de n° 500! abç!
Cruel! :D
Pq somes? ;)
Lembrei de uma cena do The Meaning Of Life, dos Monty Pithon.
Mas naquele caso o sujeito esplodia por causa de um "último pedacinho"!
Gula, não ira. ;P
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