quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Bando à Parte

Artur não amava Odiléa nem um pouco,
Mas a tinha nas mãos.
Odiléa era louca por Artur.
Este, amigo de Chico,
Que, por sua vez, era (e é) louco por Odiléa.
Dona Vitória com aquela grana toda, suja.
Limpa estaria, se roubada fosse.
Odiléa tremeu, Artur lhe bateu, Chico corou.
A velha praguejou, antes de apagar:
"Odiléa! Tanto que te confiei!"
A grana sumiu.
O velho chegou.
Bang, bang.
Artur rodopiou peneirado e caiu no quintal.
Odiléa e Chico no carro esporte, fugindo.
Na estrada, a capota
Não sobe mais.
Mas eles
Não estão nem aí.

6 comentários:

Jozieli disse...

Simples e viciante. Muito bom.
Adorei seus textos!

Natália A. disse...

Gente, que texto maravilhoso!
Excelente mesmo, não costumo gostar tanto assim. Como já disse anteriormente, seus textos possuem uma coesão fantástica!

=)

Angel disse...

Adorei conhecer esse seu outro lado, que, diga-se de passagem, é surpreendente!!! Muito coeso e de fácil leitura... Adorei!!!

Ana Líbia disse...

Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha!

Genial o teu texto. Como tudo o que você escreve =]

Fê Colcerniani disse...

Gosteis do seu blog e dos seus textos. Bacana essa coisa de rodopiar peneirado... kkk Adorei!

Tatiana Lazzarotto disse...

Hahaha

Já me inspirei na quadrilha de Drummond também.
Gostei do blog, man.

Abraço, até